26 de abr. de 2012

Closing Time

Tudo começou três meses atrás. Não sabia direito o que estava fazendo e a ansiedade de vir pra um lugar desconhecido, no meio de um dos piores conflitos do mundo, era a tônica do meu dia-a-dia. Sair do emprego, repensar a vida, reprogramar-se, seguir um sonho quase infantil de prestar ajuda numa terra distante, experimentando na prática tudo que aprendi a gostar nesses meus 27 anos. Quando daqui a alguns dias (inshallah!) partir no meu voo rumo a Roma vou sentir muita tristeza por tudo que vou deixar para trás e, ao mesmo tempo, uma felicidade sem fim por tudo que consegui fazer.  

Nos últimos dias venho tentando descobrir no tempo alguns detalhes que de alguma maneira podem ter me levado a vir pra cá. Copiar bandeiras de países e desenhar continentes imaginários devem ter sido os primeiros indícios do que viria acontecer. Depois disso apareceu um amor bizarro por montar historinhas imaginárias violentas, com direito a sonoplastia de explosões e tudo. Mais adiante, no colégio, veio o prazer em decorar nomes de pedras, ler qualquer coisa relacionada à História (fosse ela a História do Bairro Sarandi ou do Império Austro-Húngaro), discutir política e religião. Em seguida, no curso de Direito, me animei com discussões não tão pseudo-filosóficas sobre Relações Internacionais, e, depois, o meu trabalho, onde aprendi a gostar da Justiça pela simples e pura Justiça. Finalmente, o curso de História, a 8ª maravilha do mundo, com toda sua humanidade.

E aqui estou, quase no fim de três meses (bem) vividos entre Palestina e Israel. A gente acha que uma viagem dessas é capaz de mudar a cabeça de qualquer pessoa, mas, no meu caso, ela serviu mesmo para mostrar que o menino asmático que desenhava bandeirinhas é só a versão 0.1 do que eu sou hoje. Quer dizer, a pessoa que sou hoje ainda é, de alguma forma, a pessoinha que eu eu era tempos atrás, e o que eu vi e experimentei nesse período é só uma consequência de tudo que cultivei ao longo dessa minha vida. E, posso dizer, acho que estou satisfeito com o que fiz até agora. Realmente, não tem nada mais importante pra mim do que a relação entre pessoas e povos e todos os aspectos políticos, sociais e culturais que isso engedra.

A partir dessa correlação “bandeirinhas – política internacional” posso dizer que hoje me sinto mais humano e consciente de que sofro e me preocupo muito mais com o sofrimento dos outros. Mas e todos os outros que não se preocupam? Pois é, esses são os piores inimigos de um idealista e o maior obstáculo para a consolidação da Justiça.

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Muro em Belém. Nothing lasts forever.

Um exemplo prático disso: dia desses fui cruzar o Checkpoint 300, em Belém. Era domingo e centenas de pessoas queriam visitar Jerusalém. Só havia um detector de metais e uma pessoa para checar os documentos. Desse modo, tudo funcionava a passo de tartaruga e eu demorei exatamente uma hora para passar pro outro lado (= andar 50 metros). Completamente frustrado com a situação resolvi falar com um soldado pra saber se ele não poderia acionar alguém para colocar mais um detector de metais, ou pelo menos deixar mais gente entrar ao mesmo tempo pra checagem. A resposta foi, no mínimo, engraçada: “não, não tem nada que se possa fazer, o problema é que tem muita gente”. 

Certo, o problema é “gente demais”, então. Provavelmente esse soldado não teve tempo suficiente para olhar para si mesmo e ver que a única coisa que mais importa nesse mundo é “a gente” e tudo que gira em torno dela. No dia em que ele entender que faz parte dessa “gente”, deixando de ter medo de amar as pessoas, talvez as coisas comecem a mudar. Muros, checkpoints, permissões, colônias, apartheid, tudo isso vai desaparecer. 

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Definitivamente!

17 de abr. de 2012

Jubara

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Bem-vindo a Jbarah, Jbara ou Jubara! (Foto: Érico Loyola)

A vila de Jubara, além de poder ser soletrada de diversas formas,  é um microcosmo dos males ocasionados pelo muro que separa Israel da Palestina. Por motivos que até hoje ninguém entende seus 300 habitantes, todos com identidad palestina, foram postos no lado israelense do muro, muito embora os mapas pré-1967 deixem mais do que claro que ela deveria pertencer ao território palestino. Em razão disso, os moradores se organizaram, contrataram um advogado e ganharam na Suprema Corte o direito de ver a linha do muro redesenhada, de forma que as terras pertencentes aos moradores de Jubara sejam incorporadas à Cisjordânia. Bem, essa decisão foi tomada em 2004. Só agora, no entanto, as máquinas começaram a trabalhar.

Do lugar onde estamos sentados, à sombra de uma árvore, eu, minha colega e Ahmad, um professor aposentado, conseguimos observar o serpentear da cerca de arame farpado (lá o muro é na verdade uma cerca de arame farpado – o que não significa que seja uma visão agradável). Pertinho dali ainda há um portão monitorado 24 horas pelo exército, cujo acesso somente é permitido a moradores locais; isso significa que se alguém quiser visitar Ahmad vindo da Palestina terá antes que conseguir uma permissão do governo israelense. Com o novo desenho esse exílio acabará, mas, como tudo o que acontece por essas bandas, o que vem pro bem da situação palestina resulta numa dor de cabeça tremenda.

 

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O Checkpoint que hoje separa Jubara do resto da Palestina – tiramos a foto longe para que os soldados não vissem :/ (Foto: Érico Loyola)

A começar pela própria demora no início das obras. Foram-se 8 anos até que ela finalmente começasse, isso desanima qualquer um que pense em agir “pacificamente” pra conseguir alguma mudança a partir das autoridades israelenses. Além disso, o próprio princípio da coisa está errado: por que alguém precisa entrar na Justiça pra ter reconhecido que as fronteiras palestinas vão mais além de onde hoje está a barreira que separa os dois países? Por que o governo de Israel não fez o favor de observar a decisão da Corte Internacional de Justiça sobre a ilegalidade da construção do muro em território palestino, que resultou, na prática, na indevida incorporação de território?

Além disso, a vitória na Justiça não foi total. Apesar de redesenhada, algumas terras pertencentes a palestinos ficarão do lado israelense da barreira, o que resultará na abertura de uma Agricultural Gate. Ou seja, várias pessoas terão que solicitar uma permissão por parte dos israelenses para acessar em datas específicas terras que lhes pertencem, com registro e tudo. Permissão semelhante deverá ser solicitada caso alguém deseje visitar algum parente que esteja morando em qualquer cidade israelense, como Taybe. Em outras palavras, em razão da nova “fronteira”, Jubara perderá a continuidade territorial que hoje desfruta com várias cidades, que hoje podem ser facilmente acessadas, ainda que “ilegalmente”, em razão do fato de simplesmente estar pra lá da cerca de arame farpado. Quer dizer, o exílio termina de um lado, mas começa do outro.

Finalmente, vem o risco das demolições. Conforme os Acordos de Oslo, parte da vila de Jubara está hoje no que é considerado Área B, e parte no que é considerado Área C, o que significa que muitas das casas que foram edificadas desde que a barreira que separa Israel da Palestina foi construída correm risco iminente de demolição. Quatro famílias, aliás, já receberam ordens para parar a construção de suas residências e uma escola primária que só existe em razão de doações da União Europeia pode eventualmente também ser posta abaixo, assim como diversas outras edificações em Área C.

Perto de todos esses contras, parece que não há motivo algum pra desejar estar do lado palestino. Burocracia e incerteza parece ser tudo que espera Ahmad e todos os habitantes de Jubara. No entanto, o próprio Ahmad é um exemplo de que a causa de um Estado palestino é mais forte do que problemas individuais: com o novo desenho do muro, ele perderá o fácil acesso que hoje tem para visitar diversos de seus parentes que vivem em Taybe, e um de seus filhos provavelmente não mais poderá seguir trabalhando na mesma cidade. Ele tem certeza de que a luta exige sacrifícios, mas que esses valerão a pena; o que realmente importa, segundo Ahmad, é que “se recupere as terras palestinas, com os israelenses vivendo do lado deles, e nós vivendo no nosso”.

 

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Nas terras de Ahmad (Foto: Érico Loyola)

Realmente, todos esperamos que isso seja possível um dia.

12 de abr. de 2012

Sandwich Falafel

Falafel é um bolinho frito feito à base de grão-de-bico. É geralmente servido dentro de um pãozinho árabe, acompanhado de dezenas de temperos, verduras e legumes, como pepino, tomate, rabanete e outras coisas. Para os mais ocidentalizados até batata-frita é uma possibilidade dentro da composição. Cada palestino tem seu falafelman favorito e há uma disputa intensa entre eles para definir quem faz o melhor bolinho gorduroso da Cisjordânia.

No entanto, um cartão postal do lado de lá do muro anuncia, orgulhosamente, que o falafel também é petisco oficial dos israelenses!

 

k582w É e também pode não ser verdade (Photo: Nisim Lev, published by Palphot Ltd)

Admito que fiquei bem surpreso na primeira vez que vi esse cartão postal. Sempre imaginei o falafel como um daqueles produtos que a gente associa com árabes de turbante e camelos no deserto. É como se Marrocos, Egito, Arábia Saudita, enfim, o assim chamado “mundo árabe”, só seguisse existindo à base de falafel, e ninguém mais pudesse “tirar” isso deles. Israel tomando para si a “nacionalidade” do falafel seria o mesmo que a Alemanha dizendo que é o país do samba.

Contudo, depois de algumas unidades de falafel ingeridas em Haifa, Akka e Tel Aviv, me dei conta de que o falafel também é parte da cultura israelense na medida em que muito dessa só existe graças à influência árabe. Afinal, os judeus mizrahim, provenientes do Oriente Médio e do Norte da África, devem ter comido muito falafel antes de emigrarem para o moderno Estado de Israel. Não só na culinária, mas também a música que embala as noitadas israelenses é muito parecida com as melodias tocadas do lado de cá do muro; o hebraico, também, está cheio de expressões árabes; igualmente, fenotípica e estilisticamente falando, não há diferença física óbvia entre um(a) israelense mizrahim e um(a) palestino(a), exceto talvez pelo véu (que nem todas as muçulmanas usam) ou por um pouco mais de pudor na escolha das roupas por parte dos últimos.

Isso me faz pensar em quanto nos auto-engamos ao tentar encontrar estereótipos, especialmente quanto à nacionalidade de alguma coisa. Por algum motivo imaginamos os judeus sempre em oposição aos árabes, e vice-versa. E esse antagonismo é repetido na mídia, nas escolas públicas em Israel e na Palestina, na constituição de colônias exclusivamente judaicas, na proibição de visitas por parte de residentes da Cisjordânia a Israel e na criminalização de visitas de israelenses a zonas definidas como “Área A” pelos acordos de Oslo. Dizer que o falafel é o petisco nacional israelense, assim como dizer que ele é um produto exclusivamente palestino, é só mais uma dessas loucuras desse processo de criação de uma identidade que recusa a existência do outro.

Afinal, Israel parece estar o tempo todo negando a contribuição árabe. Mas, no fim, não consegue escapar dela nem por um segundo. Aquele papo de que é a porta do Ocidente no Oriente, de que há um choque de civilizações, que o Estado está cercado de inimigos árabes, que é a única democracia do Oriente Médio, tudo isso cai por terra quando vemos que Israel bebe da mesma cultura em que os palestinos estão inseridos. Comem falafel, shoarma, gostam das mesmas coisas, não entendem nada de futebol, tem políticos corruptos… daí pra que tanto antagonismo?

DSC02653 Também pode ser ou não verdade (mesmo cartão postal, mas com uma visão alternativa que rola por aí)

 

Óbvio que a Guerra de 1948, que opôs um Estado “judeu” contra diversos Estados “árabes”, foi um evento extremamente traumático. No entanto, passado tanto tempo, ao invés de construir muros e checkpoints, seria melhor explorar essa identidade comum que o Oriente Médio oferece a israelenses e palestinos. Quem sabe seria possível a convivência pacífica entre dois Estados ou mesmo um só Estado sob uma bandeira comum se ambas as partes reconhecessem suas semelhanças e diferenças e se aceitassem mesmo assim. E, como testemunha desse conflito, posso dizer que falta vontade de Israel e sobra fraqueza por parte da Autoridade Palestina para seguir em frente num diálogo construtivo.

6 de abr. de 2012

Páscoa

Queria falar sobre a Semana Santa estando na Terra Santa. Afinal, esses dias talvez representem o que há de mais importante para os cristãos, que é a história da morte e ressurreição de Cristo. Além do mais, como luterano, tenho quase que um dever moral de escrever alguma coisa sobre essa período que começa com sofrimento e termina em júbilo.

No entanto, redijo essas linhas sob o efeito do que vi na última semana: gás lacrimogênio e pedras sendo arremessadas de parte a parte, fazendeiros sendo tratados como bandidos e condições desumanas em checkpoints. Além disso, quase que como uma cereja no bolo, descobri faz pouco que Israel decretou o fechamento da Cisjordânia até sábado de noite, de modo que só portadores de passaporte estrangeiro e residentes com “Permissão de Páscoa” poderão se dirigir a Jerusalém para as celebrações da morte e renascimento de Jesus Cristo durante esses dias. No caminho provavelmente encontrarão o terminal de Qalandyia ou outros bizarrices geradas pela presença militar israelense em território palestino.

 

DSC02380 Manifestante atingido por gás lacrimogênio na vila de Kafr Qaddum (Foto: Érico Loyola)

Com tudo isso acabo me perguntando se de fato há espaço para santos entre tantos checkpoints. A dor é tanta, as arbitrariedades são tantas, que é muito fácil simplesmente deixar-se levar pela situação e desistir. É super comum ouvirmos palestinos perguntando se podemos ajudá-los a se mudar para fora daqui, porque a situação é intolerável. Por sua vez, especificamente da parte dos cristãos palestinos, escutamos muito que eles se sentem abandonados por seus irmãos do lado de lá do muro.

No entanto, pode parecer absurdo, mas acho que a luta não é vã e que resistir à opressão, e vencê-la, conquistando uma paz justa, ainda é uma possibilidade. Para cada metro de arame farpado há uma ovelha alheia a tudo; para cada soldado há uma criança perguntando hooow areee yoooou; para cada bomba de gás lacrimogênio há dezenas de amendoeiras; para cada refugiado há uma xícara de chá sendo oferecida – atrás de cada momento de sofrimento há uma demonstração genuína de Fé, de Esperança e, acima de tudo, de Amor.

Aliás, Amor, é isso que precisamos, é isso que se deve buscar em todos os momentos. É isso que faz ressuscitar a esperança de milhares de pessoas, de ambos os lados, sejam elas cristãs, muçulmanas ou judias, pela causa da paz, que só é possível quando se tem Amor pelo que é humano. É como diz o sempre repetido I Coríntios 13:1: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. Sem amor, sem esse escudo que sustenta qualquer qualquer luta, seria definitivamente impossível suportar a vida sob ocupação.

 

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Pomba no torreão da Herod’s Gate, em Jerusalém, esperando o fim do conflito. (Foto: Érico Loyola)

2 de abr. de 2012

Área C

Lá estou eu sentado numa tenda providenciada pela Cruz Vermelha, que hoje serve de abrigo temporário para uma família de Fasayil, um vilarejo no Vale do Rio Jordão. A família em questão, composta por 11 pessoas, vivia em uma casa fazia 10 anos. Agora, porque a tal casa estava no que pelos Acordos de Oslo é considerado Área C, foi ela posta abaixo.

Pouco restou. A máquina de lavar da família, aliás, totalmente inútil nessas circunstâncias, ilustra a desumanidade da ocupação. É tudo muito surreal, para dizer o mínimo.

 

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(Foto: Érico Loyola)

A Palestina pode ser considerada um arquipélago. Os tais Acordos de Oslo, que deveriam ser temporários e destinados a permitir uma gradual transferência de poder à Autoridade Nacional Palestina (ANP), retalharam a integridade territorial do país, justificando sua divisão em três diferentes áreas: “A”, onde a ANP tem controle sobre questões civis e militares; “B”, onde os palestinos são senhores tão-somente dos seus assuntos civis, e “C”, onde os israelenses têm total controle, civil e militar.

São nas áreas consideradas “C”, que equivalem a 62% da Cisjordânia, que as demolições geralmente acontecem. As forças militares israelenses, pelos motivos mais absurdos possíveis (geralmente relacionadas a questões de segurança ou de origem burocrática), emitem uma ordem e depois de algum tempo, que pode durar dias ou mesmo anos, chegam a sua casa, poço artesiano, canteirinho, horta, ou o que seja, e colocam tudo abaixo. A coisa é tão automática que até funcionários fluentes em árabe são levados ao local para auxiliar na retirada dos móveis que estão na residência, uma vez que as famílias, obviamente, resistem e se recusam a cooperar. E se há alguma forma de compensação? Não, nenhuma. É puro e simples confisco.

Por sua vez, as colônias florescem na área C. A vila de Fayasil, em específico, está cercada pelas colônias de Pezaiel e Tomer, que, com um uso absurdo de recursos hídricos (um colono consome quatro vezes mais água que um agricultor palestino), enriquecem com uma abundante produção de cítricos e hortaliças, num contraste absurdo com a aridez do Vale do Rio Jordão.

 

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(Foto: Érico Loyola)

Aproveitando essa circunstância, pergunto a uma dos desalojados se ele trabalha nas colônias.

A resposta é positiva - “sim, trabalho, mas fazer o quê, preciso trabalhar”.

Preciso tomar ar antes de seguir em frente. Que tal, trabalhar para um colono e quem sabe ver o filho deste conduzindo a demolição do lugar onde você morou por dez anos? Fico pensando, que coexistência é possível num lugar como esse, em que a mão que dá o sustento é a mesma que põe abaixo o que lhe dá dignidade? Eu não tenho nenhuma resposta, pois o que acontece aqui foge completamente a tudo que é humanamente aceitável.

Mesmo do ponto de vista legal, aliás, a situação é absurda: o artigo 53 da IV Convenção de Geneva dispõe claramente que a demolição de qualquer bem pertencente à população objeto de ocupação é proibida, salvo seja absolutamente necessária do ponto de vista militar. Bem, qual é o interesse militar em destruir a casa de uma família de agricultores que inclusive trabalha nas terras dos colonos vizinhos? Nenhum. Por outro lado, que autoridade teria Israel para dispor de supostas posturas residenciais em território palestino? Nenhuma ao quadrado.

O lado positivo é que essa família, aconteça o que acontecer, vai continuar morando no Vale do Rio Jordão. Graças ao trabalho da Jordan Valley Solidarity Movement uma nova casa será construída com tijolos de barro. A família vai permanecer vivendo em Fasayil apesar de todo o sofrimento. Aliás, viver, simplesmente viver onde se está, talvez seja a forma mais bonita de resistência que já vi.

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(Foto: Érico Loyola)